“... tomando ligeiramente as mãos do esposo, levou-o a um canto do terraço, onde se postou à frente de uma harpa harmoniosa e antiga, cantando baixinho, como se a sua voz, naquela noite, fosse o gorjeio de uma cotovia apunhalada:
"Alma gêmea da minhalma,
Flor de luz da minha vida,
Sublime estrela caída
Das belezas da amplidão!...
Quando eu errava no mundo
Triste e só no meu caminho,
Chegaste, devagarinho,
E encheste-me o coração.
Vinhas na bênção dos deuses,
Na divina claridade,
Tecer-me a felicidade,
Em sorrisos de esplendor!...
És meu tesouro infinito,
Juro-te eterna aliança,
Porque eu sou tua esperança,
Como és todo o meu amor!"
Tratava-se de uma composição dele, na mocidade, tão ao gosto da juventude romana, dedicada a ela própria, e que o seu talento musical guardava sempre, para circunstâncias especiais do seu sentimento..."
O trecho acima foi transcrito do livro Há dois mil anos de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, o qual narra a vida do senador Públio Lentulus, o próprio Emmanuel, na época de Jesus.
Trata-se, para mim, de uma das canções mais bonitas da história e denota toda a importância do companheirismo durante a jornada, não de uma vida apenas, mas de toda a existência do espírito. Durante a narração, Emmanuel nos deixa saber que Lívia é mais que uma esposa para Públio; ela é o espírito iluminado que caminha ao seu lado há muitas existências e que constrói sua evolução sempre com ele.A profundidade desse amor não pode ser, por mim, expressa em breves palavras. É necessário ler o livro, uma obra-prima bela e comovente de encher o coração.
sábado, 12 de setembro de 2009
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